quarta-feira, 30 de junho de 2010

Brasil e Holanda

Por Gustavo Quattrone
Finalmente um jogo de gigantes para o Brasil. No primeiro grande confronto da seleção canarinho, contra Portugal, não valia muita coisa, já estávamos classificados. Visivelmente as equipes tiraram o pé do acelerador; além disso existiam os desfalques de Deco (machucado), Kaká (suspenso) e Robinho (poupado).

A Holanda, pelas quartas, será o primeiro teste da seleção nesta Copa do Mundo. Alguns jornalistas e amigos no dia a dia justificam o baixo nível da equipe do Dunga pelo fato de a equipe jogar melhor com times consagrados, veremos.

As principais baixas para o jogo são Elano, Felipe Melo e Julio Baptista que ainda são dúvida e Ramires que foi suspenso após receber cartão amarelo na última partida. Visivelmente o futebol melhorou após a entrada de Ramires e a saída de Felipe Melo (com isso a equipe ganhou mais um meio de campo criativo e ficou com apenas um volante, Gilberto Silva).

Com a ausência de Ramires, nos resta esperar para ver qual será o esquema tático canarinho.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Brasil vence jogando bem

Liderado por Kaká, a seleção canarinho avança à próxima fase

Por Gustavo Quattrone

Brasil e Costa do Marfim jogaram ontem pela segunda rodada do grupo G da Copa do Mundo 2010. O Brasil, que havia apresentado um futebol, que não chegou a ser nem mediano contra a Coréia do Norte, parece ter crescido de produção contra a equipe africana. Já a Costa do Marfim, diferentemente do que se esperava, não ficou apenas na defensiva, ainda que durante toda a primeira etapa não tenha levado grande perigo ao gol de Júlio Cesar.

Kaká parece teve lampejos de bom futebol em dois dos três gols brasileiros. No primeiro gol, o craque com Luís Fabiano deixando-o livre para abrir o placar. O segundo gol também foi de Luís Fabiano, que já estava a seis jogos sem balançar a rede adversária. O terceiro gol foi de Elano, que finalizou após receber cruzamento rasteiro de Kaká.

Mais uma vez a defesa brasileira falhou no gol sofrido. Não por isso o setor defensivo é uma grande preocupação, mas o treinador Dunga precisa corrigir algumas falhas e posicionamento no setor. No gol de ontem, quem estava na marcação de Didier Drogba era Felipe Melo (Lucio e Juan estavam a frente do volante). Falha da defesa ou do volante que não saiu com os outros companheiros de time? Drogba agradeceu o presente e diminuiu o placar.

Com a vitória, o Brasil matematicamente avança para a próxima fase. A Costa do Marfim precisa golear a Coreia do Norte (já eliminada) e torcer para que Portugal não pontue contra o Brasil na próxima sexta-feira às 11h. Mesmo que a Costa do Marfim vença e Portugal perca a diferença ficará para o saldo de gols de ambas as equipes. Portugal tem 7 gols positivos (acaba de golear a Coreia por 7 a 0), já a Costa do Marfim possui um saldo negativo de 2 gols.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Todos esperavam mais, mas essa é a seleção que conhecemos

Com muito toque de lado e pouca criatividade, 2 a 1 foi de bom tamanho

Por Gustavo Quattrone

O time entrou como todos já esperavam: Júlio, Maicon, Juan, Lúcio e Michel Bastos; G. Silva, Felipe Melo, Elano e Kaká; Robinho e Luís Fabiano. O estilo de jogar também não foi diferente do apresentado nas eliminatórias, Copa América e Copa das Confederações. Mais uma vez sobrava toque de bola, mas faltava criatividade no ataque. É evidente que Kaká está longe de sua melhor forma, falta ritmo, ousadia. Robinho foi quem mais tentou algo diferente, mas sem sucesso.

Dunga demorou a mexer na equipe. O treinador manteve a mesma formação na volta o intervalo. É fato que ainda com essa equipe o time abriu dois gols de diferença. Aos 20’Dunga colocou Daniel Alves no lugar de Elano. Nilmar entrou aos 30’, no lugar de Kaká (Robinho recuou para a posição do meia). E na sequência, Ramires substituiu Felipe Melo. O time melhorou. Nilmar teve duas chances de gol e Michel Bastos também teve mais uma.

No começo, o Brasil chegava pelas laterais com as constantes descidas de Maicon e Michel Bastos. Em uma delas, Maicon marcou um dos gols do Brasil; o outro foi de Elano. Após as modificações, o estilo de jogo mudou. O time passou a tentar jogadas pelo meio lideradas por Ramires e Robinho.
O gol sofrido surgiu de um contra-ataque, no qual o lateral Maicon deixou um buraco na defesa quando tentava recompor a marcação. Ji Yun Nam não desperdiçou e diminuiu o placar.

Para uma estréia o jogo não foi péssimo. Como disse, Kaká ainda não está rendendo o que pode (talvez nem volte a render ainda nessa Copa). Robinho e Maicon jogaram bem, o segundo foi eleito o homem do jogo. Devido a falta de criação, não há muito o que se falar de Luis Fabiano (sumido na partida). A defesa não participou, assim como Júúúúúlio Cesar (como diria Galvão).

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Balanço inicial; Copa do Mundo 2010

Não há mais ‘‘bêbado’’ no futebol

Por Gustavo Quattrone

Nesses oito primeiros jogos da Copa do Mundo da África do Sul, apenas 12 gols foram marcados. A média é de 1,625 gols por partida, a mais baixa de todos os tempos. Como explicar uma média baixa como essas considerando que, segundo os próprios jogadores, a bola é uma das mais rápidas de todos os tempos. O atacante brasileiro Robinho deu declarações dizendo que se sentia um Roberto Carlos, uma vez que seu chute parece mais potente com essa, denominada Jabulani.

A única partida em que pudemos apreciar mais de dois gols foi Alemanha e Austrália, quatro a zero para os alemães. Nem mesmo a Argentina, com seus meias e atacantes habilidosos, não conseguiu fazer mais que um gol na Nigéria. Essa simples vitória argentina deveu-se não à falta de criatividade dos hermanos, mas ao bom goleiro nigeriano (Enyeama).

O fato é que não há mais equipes fracas no futebol. A própria África do Sul, com uma equipe limitadíssima conseguiu arrancar um empate do sempre promissor México. E, quem diria, a Coréia do Sul venceu a Grécia por 2 gols a 0.

As equipes de hoje, sabem assumir suas deficiências. Pegando novamente a África do Sul como exemplo; Carlos Alberto Parreira optou em jogar apenas de contra-ataque, e quase saiu com os três pontos. Com os Estados Unidos não foi diferente. Os americanos só conseguiram o empate graças a uma falha inesquecível do goleiro Green.

Os jogos dessa Copa têm sido muito semelhantes. Jogos de ataque contra defesa, onde uma equipe pressiona durante a partida inteira e a outra, encolhida, arrisca-se de contra-ataques. Esperamos todos que os gols comecem a sair e que a má fama da Jabulani realmente apareça.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

África do Sul e México abrem a Copa com empate simples

Por Gustavo Quattrone

África do Sul e México realizaram hoje a partida de abertura da Copa do Mundo FIFA 2010. A equipe africana demorou a se soltar no jogo, levou um primeiro tempo inteiro para isso. Durante toda a primeira etapa, o México se mostrou muito mais interessado em levar os três pontos. Atacou, pressionou, tentou, porém não marcou. E quem não faz...

Logo aos 9’do segundo tempo, Tshalala acertou um belo chute, em diagonal, no ângulo esquerdo do experiente goleiro Pérez . A partir daí a partida mudou de rumo. Motivados pelo intenso barulho das vuvuzelas, os jogadores da casa seguraram-se como puderam e derem preferência aos contra-ataques. E mesmo saindo apenas de contra-ataques, foi a Africa do Sul que mais levou perigo durante na segunda etapa.

A África do Sul ainda teve um pênalti, a seu favor, não assinalado pela arbitragem deRavshan Irmatov (do Uzbequistão). Modise ficou cara a cara com o goleiro Pérez, mas foi derrubado antes da conclusão à gol, para Irmatov a jogada foi legal.

O México presionava, não levava grande perigo, mas ainda possuía a maior posse de bola. Em apenas uma falha da defesa Bafana Bafana, Rafa Márques empatou a partida (aos 33’). O zagueiro reserva do Barcelona recebeu um cruzamento de Guardado, a defesa falhou na tentativa de deixar os mexicanos impedidos, Rafa aproveitou e guardou.

O centroavante Parker ainda acertou o pé esquerdo da trave do mexicano Pérez, isso no último lance da partida.

Em suma, a partida foi muito boa. Ambas equipes buscaram o resultado, cada um com sua estratégia. O México arriscou-se ao ataque, e talvez por isso tenha sofrido o gol. Já a África do Sul preferiu sair de contra-ataques, e por pouco não venceu a partida.