domingo, 30 de maio de 2010

Santos: ataque impecável, defesa ainda frágil

As derrotas da equipe coincidem com partidas que mais se precisou do setor defensivo

Por Gustavo Quattrone

Mais uma vez a equipe santista foi surpreendida. A magnífica, invencível, extraordinária equipe desta vez caiu diante ao Corinthians. Sim, foi em um clássico, porém a equipe também tropeçou contra o Ceará, jogando em Santos. Sem falar de Palmeiras, na época em crise e quase ter sido surpreendido pelo Sto. André nas finais do Paulistão.

Mas o quê todas essas equipes fizeram que as outras não conseguiram fazer? A resposta é simples, encararam o time da molecada de igual pra igual e mais, os atacaram sem medo de ser feliz. A máscara está caindo, o time dos sonhos não é nem invencível. Como todo time de futebol, possui um ponto fraco, em seu caso é sua fraquíssima defesa.

Não os dois zagueiros, mas seu sistema defensivo. Não há goleiro que aguente ter um setor defensivo composto praticamente por apenas dois zagueiros e um volante. Os laterais, por atacarem muito, deixam lacunas na defesa e, além disso o volante Arouca gosta de sair para o jogo e por vezes deixa a zaga desprotegida.

Do meio pra frente, a equipe é sim muito forte, mas ainda é preciso fazer algo com a defesa. Dorival começou a armar sua equipe da frente para trás, ao contrário da maioria das equipes que preocupam-se primeiramente com não tomar gol e depois em tentar balançar as redes.

O goleiro Dida está disponível no mercado, há boatos de que o Santos está em sua caça. Mas como eu disse anteriormente, não há goleiro que aguente não levar gols com um sistema defensivo frágil.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

GARFADO, Flu perde fora para o Corinthians

Com impedimentos mal assinalados e um pênalti não marcado, a arbitragem foi o nome do jogo

Por Gustavo Quattrone

Logo aos 11 minutos de jogo Chicão marcou o que seria o único gol alvinegro da partida. A partir daí, a partida seria dominada pelo Fluminense. A equipe carioca atacou, pressionou, tentou de todas as formas, por cima, por baixo, com a cabeça, com os pés; mas quando a bola entrou, o juiz anulou. Não era o dia de Leonardo Gaciba da Silva e seus dois auxiliares.

Em um primeiro momento, o juiz anulou um gol de letra de Marquinho, que estava em condição legal. Ainda no primeiro tempo, o juiz anulou uma jogada indiscutivelmente legítima do time carioca, era uma clara chance de gol.

No segundo tempo, Gaciba deixou de dar um pênalti claro em cima de Fred, o jogador foi claramente derrubado próximo ao bico da pequena área corintiana.
Definitivamente não era o dia de Gaciba! Para completar a lambança, ainda não havia citado que a falta que originou o gol alvinegro não existiu, Dentinho cavou. Chicão (como já menconado) cobrou e guardou.

Também não era o dia de Fred. O jogador perdeu duas chances mais do que claras de gol. A primeira veio em uma cabeçada que assou raspando e a segunda, já na segunda etapa, o jogador matou no peito dentro da grande área e encheu o pé para carimbar a placa de publicidade ao lado do gol o corintiano Felipe.

Não há como jogar a culpa pela derrota apenas na arbitragem, afinal, Fred e Marquinho tiveram ótimas chances de gol, mas não souberam aproveitar da melhor forma.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Antes só do que mal comandado

Diretoria encontra desculpa; Zago caiu

Por Gustavo Quattrone

Exatamente às 01h20 da madrugada de hoje (18/05), o jornalista Leandro Quessada divulgou por meio de seu Blog (http://blogdoquesada.blog.uol.com.br/) que Antonio Carlos Zago não era mais treinador do Palmeiras. Segundo a notícia, o treinador recebeu por um telefonem de Carlos Leite, quem cuida de seus interesses, a notícia enquanto estava no evento de 30 anos da Traffic (parceira do Palmeiras). Na mesma hora o treinador retirou-se do evento.

Não há como dizer que o treinador possuía um amplo leque de opções na suplência, mas Antonio Carlos em muitas ocasiões esperou faltar 5 minutos para tentar mudar o placar dos jogos; como ocorreu na última partida da equipe contra o Vasco. E o pior, com as modificações a equipe incontestavelmente cresce na partida.

Para começar a diretoria não errou somente ao contratá-lo, errou desde a contratação de Muricy Ramalho, antes disso, errou em demitir Vanderlei Luxemburgo (com a desculpa esfarrapada de quebra de hierarquia administrativa). Ao contratar Zago, a diretoria apostou, e perdeu! A falta de ousadia do treinador não agradava grande parte dos torcedores palestrinos. O fim era inevitável, faltava apenas um empurrãozinho.

A demissão do treinador pode estar vinculada a uma suposta briga entre ele e o atacante Robert, foi o empurrãozinho que faltava. Ambos se desentenderam após Robert, e mais alguns jogadores, terem ido para balada no domingo após o empate alviverde contra o Vasco. No ano passado Maurício e Obina também se desentenderam, porém ainda em campo, e ambos foram negociados. Deixo uma pergunta no ar. Por que somente Antonio Carlos foi mandado embora?
O treinador comandou o time por 19 partidas, das quais venceu nove, empatou cinco e perdeu cinco. Tendo um aproveitamento de 56,1%.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Mengão decepciona e leva prejuízo para o jogo no Chile

Faltou poder criativo para a equipe; sobrou toque de bola sem reais objetivos

Por Gustavo Quattrone

O problema do time carioca foi o começo do jogo... o meio e, o fim também! A equipe levou o primeiro gol logo de cara, aos 4’. A defesa parecia pedir por um resultado negativo, a cada bola que chegava era um sufoco danado; o goleiro Bruno se virava como podia. Aos 24’, outro gol chileno, dessa vez com falha do goleiro na saída de gol. Comentaristas dizem ter sido falta, mas não a encontrei em momento algum, o Bruno falhou!

No final da primeira etapa o Fla ainda diminuiu com Kleberson, era a reação flamenguista. Era o monto de descer aos vestiários, esfriar a cabeça e retornar para a virada. Faltava apenas combinar com a equipe adversária. Aos 2’do segundo tempo, 3 a 1 Universidad do Chile. Com a entrada de Pet no intervalo da partida o time melhorou, mas não o suficiente para realmente pressionar.

A equipe permaneceu mais tempo com a bola nos pés, chegou a carimbar o travessão adversário com Adriano, mas nada da rede estufar. O Flamengo ficava apenas no toque de bola e o Universidad com todos seus jogadores na defesa, apenas cercando o adversário brasileiro.

Aos 44’, Juan arriscou de longe, a bola desviou e enganou o goleiro Pinto. O Fla diminuiu para 3 a 2, mas não havia mais tempo para um empate.

A próxima partida será disputada no Chile e o Flamengo precisa de uma vitoria por 2 a 0. Algo quase impossível com o futebol apresentado na noite de ontem.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Haja coração; o Brasileirão começou

Por Gustavo Quattrone

O Campeonato Brasileiro começou! São cerca de nove clubes, dentre os 20 da competição, com reais condições de faturar a taça. Nenhum campeonato no mundo possui tantos clubes com condições de brigar diretamente. Os candidatos, em minha opinião são: Palmeiras; Corinthians; São Paulo ; Santos; Atlético MG; Cruzeiro; Internacional; Grêmio; Flamengo.

Esses, não pelo peso da camisa, o que em minha opinião não mais existe nos dias de hoje. São clubes com elencos pelo menos de nível mediano. Dos quatro paulistas, o mais cotado é o Santos. O time possui um bom elenco, sem grandes nomes (Robinho deve voltar de empréstimo após o mundial de seleções). Além disso, Dorival Junior tem se mostrado um bom treinador; e isso aliado a habilidade e a inteligência de Neymar e PH Ganso já é muita coisa. Basta saber se a diretoria conseguirá segurar as pérolas da Vila.

No Galo, Luxemburgo parece já ter encontrado um esquema tático, se não ideal, próximo disso. O clube impõe um ritmo de jogo ofensivo e rápido, prova disso foi a partida contra o Santos pela Copa do Brasil. O rival Cruzeiro também segue com chances título, ainda que menores.

Inter e Grêmio sempre são problema em jogos como mandante, mas se ambos conseguirem mais vitórias como visitante, quem sabe possam chegar lá.

O Flamengo vem embalado pelo título do ano passado. A equipe (individualmente) é forte, mas o clima interno tem sido bem conturbado. Ora por problemas com Petkovic, ora por causa de Adriano, Vagner Love, Bruno. Existem boatos que especulam a saído do Imperador na próxima janela de transferência, nada confirmado pela diretoria do Mengão.

Palmeiras, Corinthians e São Paulo correm por fora. O Tricolor, há cinco anos sempre tem dado trabalho aos adversários, quando não leva, chega próximo. Porém, houve mudanças no time titular com a chegada de Léo Lima, Cleber Santana, Fernandinho e agora, Fernandão.

O Alvinegro possui um grupo fortíssimo, um dos melhores do país. Basta saber como a equipe se comportará após a desclassificação na Copa Libertadores em pleno ano de Centenário.

Já o Palmeiras, ainda tenta se recuperar do fantasma do ano passado; dos paulistas é o que mais terá de trabalhar se quiser algo.

Mas como o Brasileirão é uma caixinha de surpresas, quem sabe não apareça um Atlético GO, um Vitória, um Vasco na disputa...

Se for para chutar, arrisco o Santos com a taça – isso se não haver um desmanche na Vila.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O SONHO ACABOU

Timão vence, mas não leva; apesar da decepção, torcida reconhece o esforço da equipe

Por Gustavo Quattrone

Mesmo com a vitória por 2 a 1, o Corinthians deixou, mais uma vez, o sonho de conquistar a Copa Libertadores da América. Os 37 mil torcedores aplaudiram e exaltaram a equipe durante os 90 minutos mais acréscimos. E surpreendentemente continuaram a aplaudir após o apito final, isso em reconhecimento pela ótima campanha da equipe na competição (o clube realizou a melhor campanha dentre todos os que participaram da competição).

O time começou bem. Desceu para os vestiários vencendo por 2 a 0. Logo no começo da segunda etapa, Wagner Love diminuiu a diferença, 2 a 1. Daí pra frente, o Mengão fechou-se melhor, e passou a sair de contra-ataques, muitos deles com real perigo de gol.

O Corinthians pressionou durante os 90 minutos, principalmente após sofrer o gol. Mas não deu, mais uma vez, não deu.

O reconhecimento da torcida pelos esforços e dedicação da equipe foi sensacional, principalmente se pensarmos em um passado não muito distante, quando o time perdeu para o River Plate, também no Pacaembu e a torcida chegou a invadir o campo em busca de cobranças por resultado.

Mas, mais uma vez, o jogo não terminou dentro do estádio. Cerca de 70 corintianos e 50 flamenguistas foram detidos na madrugada de hoje após degradarem lojas e ônibus.

O Verdão amarelou

Com um futebol deficiente, Palmeiras cai nos pênaltis diante o Atlético/GO

Por Gustavo Quattrone

A covardia e o medo da derrota foram dois dos muitos erros que acabaram com a irregular campanha alviverde na Copa do Brasil. O futebol da equipe, que já não vem bem há mais de ano, degringolou ainda mais após a expulsão do irreconhecível Pierre. Com um jogador a menos, a equipe ainda teve chances de empatar a partida com Ewerthon, com Márcio Araújo e também com Ivo. Mas, como prega a regra: “Quem não faz, toma”.

Pierre já não é mais o mesmo! O jogador não consegue acertar um passe de 20 cm, não que ele já tenha sido um mestre no quesito passe, mas como está, não dá. Para se ter uma ideia da situação em que a equipe se encontra, o lateral Armero foi um dos melhores em campo. Muitos podem dizer que ele é um bom jogador, que corre muito... mas para quem acompanha os jogos da equipe sabe que ele não passa de um jogador esforçado, muito esforçado; mas só isso.

Com a saída de Diego Souza, a equipe terá de se readaptar a um novo estilo de jogo. O elenco possui bons jogadores para a posição, como: Ivo, Marquinhos (que ainda não disse a que veio, mas depende de uma sequência para realmente aparecer), Lincoln (que pode ser adiantado), além de alguns jovens da base – os quais seriam a melhor saída, em meu modo de ver as coisas.

Outro grande problema está no banco de reservas. O treinador Antonio Carlos Zago, pode sim tornar-se um bom treinador, mas no momento, não passa do nível fraco. Faltou coragem e pulso para manter a equipe na competição. No jogo de ontem, o treinador contentou-se em manter o 1 a 0 e levar a partida para as penalidades. Com um jogador a menos, e dirigindo um clube pequeno, essa realmente seria a melhor saída. Alguém deve lembrá-lo de que ele está no Palmeiras.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Dedicação não bastou para avançar no tempo normal

Tricolor avança às quartas de final após jogo dramático contra Universitário/PERU

Por Gustavo Quattrone

Não faltou vontade. Não faltou dedicação. Não faltou raça e, muito menos iniciativa. Faltou apenas um único detalhe, como diz Carlos A. Parreira. Faltou o gol! Graças ao goleiro Llontop, reserva da equipe peruana; e quando não foi ele, salvou a trave, o morrinho zagueiro, ou simplesmente a bola que não quis balançar a rede.

O Tricolor sofreu para passar pelo Universitário; os 43,898 mil pagantes então, nem se fala. Após um primeiro tempo tecnicamente fraco, o Tricolor desceu para o intervalo debaixo de vaias. Na volta para o segundo tempo, Ricardo Gomes sacou Jorge Wagner (que, na verdade, não entrou em campo) e colocou Washington. A entrada do jogador mudou o jogo. O São Paulo pressionou o segundo tempo inteiro, mas o gol não saiu; porém a torcida continuava a criticar pedindo gols. Não era o dia em que a bola balançaria as redes.

O Universitário não chegou a levar perigo, o goleiro são paulino chegou a fazer aquecimento com bola em momentos em que a partida estava paralisada devido à cera do adversário.

O empate em 0 a 0, levando o jogo para os pênaltis, foi uma vitória para os peruanos. A equipe é, sem dúvida alguma, inferior ao Tricolor do Morumbi.

Na primeira cobrança do São Paulo, Rogério Ceni preparou-se, bateu e... perdeu! Parecia realmente que a bola não entraria. Mas o goleiro se superou, deu a volta por cima e defendeu as duas seguintes cobranças do Universitário. Pelo São Paulo, Hernanes, Marcelinho Paraíba e Dagoberto marcaram e classificaram o Tricolor.

Mas o nome da noite foi o de Rogério! Sem nenhuma defesa de efeito no tempo normal, o goleiro perdeu um pênalti na decisão e defendeu dois.

domingo, 2 de maio de 2010

Final é coisa de time grande, e realmente foi

Santos e Sto. André demonstraram que o peso da camisa de nada vale na hora “H”

Por Gustavo Quattrone

Uma final de gente grande. O desacreditado por muitos, Santo André, surpreendeu a todos ao demonstrar garra, superação , e o principal, FUTEBOL. O que para alguns seriam duas partidas mortas no campeonato, acabou se tornando duas das mais competitivas do mesmo.

Méritos principalmente à Sérgio Soares, treinador do Santo André. Já era de se esperar que Dorival Junior mandaria seus jogadores para cima do adversário (isso ocorreu em todos os jogos do campeonato). Porém, o esperado era que o Ramalhão jogasse na defensiva, saindo de contra-ataques, isso se saísse. Mas Sérgio surpreendeu não fugir do jogo, muito pelo contrário, manteve o Peixe sob pressão em muitas partes dos dois jogos.

Parabéns ao Santos que soube como se defender, e soube mais ainda como atacar. A equipe possui a maior média de gols do mundo desse ano de 2010. Até o dia 22 de abril eram: 93 gols em 27 jogos, o que dava uma média de 3,44 gols por partida. Seguida pelo Ajax (da Holanda) que possuía uma média de 3,09 gols por partida.

Mas, o que mais me deixa confuso é a opinião de muitos personagens da mídia (formadora de opinião) de que o campeonato foi, chato.... foi sem graça, xoxo, inútil, sem emoção! Sem emoção por que?

Porque São Paulo, Palmeiras e Corinthians não foram competentes o bastante para chegar às finais? Em contrapartida, os mesmos que criticam uma final sem times “grandes”, são os mesmo a defender uma visibilidade maior dos pequenos. Realmente não compreendo! Uma final como essa, nenhum dos grandes paulistanos fariam como fizeram Santos e Santo André!

Nenhum!