segunda-feira, 14 de junho de 2010

Balanço inicial; Copa do Mundo 2010

Não há mais ‘‘bêbado’’ no futebol

Por Gustavo Quattrone

Nesses oito primeiros jogos da Copa do Mundo da África do Sul, apenas 12 gols foram marcados. A média é de 1,625 gols por partida, a mais baixa de todos os tempos. Como explicar uma média baixa como essas considerando que, segundo os próprios jogadores, a bola é uma das mais rápidas de todos os tempos. O atacante brasileiro Robinho deu declarações dizendo que se sentia um Roberto Carlos, uma vez que seu chute parece mais potente com essa, denominada Jabulani.

A única partida em que pudemos apreciar mais de dois gols foi Alemanha e Austrália, quatro a zero para os alemães. Nem mesmo a Argentina, com seus meias e atacantes habilidosos, não conseguiu fazer mais que um gol na Nigéria. Essa simples vitória argentina deveu-se não à falta de criatividade dos hermanos, mas ao bom goleiro nigeriano (Enyeama).

O fato é que não há mais equipes fracas no futebol. A própria África do Sul, com uma equipe limitadíssima conseguiu arrancar um empate do sempre promissor México. E, quem diria, a Coréia do Sul venceu a Grécia por 2 gols a 0.

As equipes de hoje, sabem assumir suas deficiências. Pegando novamente a África do Sul como exemplo; Carlos Alberto Parreira optou em jogar apenas de contra-ataque, e quase saiu com os três pontos. Com os Estados Unidos não foi diferente. Os americanos só conseguiram o empate graças a uma falha inesquecível do goleiro Green.

Os jogos dessa Copa têm sido muito semelhantes. Jogos de ataque contra defesa, onde uma equipe pressiona durante a partida inteira e a outra, encolhida, arrisca-se de contra-ataques. Esperamos todos que os gols comecem a sair e que a má fama da Jabulani realmente apareça.

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